quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O que você vai ser quando crescer?

"O que você vai ser quando crescer?" Essa pergunta nos persegue desde quando somos crianças... E as crianças costumam imaginar muito, sonhar muito, e mudar (muito) de ideia!
Eu particularmente, desde criança, sempre quis ser igual a minha heroína: minha mãe! Mas meu gosto pela leitura e pelos livros e um quadro verde de giz que havia ganhado de presente de natal me fez querer ser professora. Por muito tempo brinquei de aulinha com as amigas...
Um outro gosto pela dança apareceu e me despertou o desejo de ser bailarina, coisa que não durou muito tempo por que vi não levo nenhum jeito para dançar e minha desastrosa coordenação motora só me faz pagar micos!
Quando assisti Legalmente Loira pela primeira vez adorei a ideia de ser advogada, de ter que defender uma causa. Sempre gostei (e ainda gosto) de lutar por algo em que acredito. Mas definitivamente não no ramo do direito...
Então eu li um livro que minha mãe havia comprado: O Diário de Bridget Jones! Esse com certeza se tornou um dos meus favoritos! A Bridget me fez querer ser jornalista... Aquela vida parecia ser tão legal! Escrever matérias, ir atrás delas, entrevistar pessoas... Mas definitivamente sempre fui tímida e odeio câmeras! So, definitly not!
Quando na sétima série comecei a ver os conceitos de biologia, meu desejo de ser igual a minha mãe voltou... Eu simplesmente amava aquilo, me identificava com aquilo, genética, hematologia, doenças, aquilo tudo era perfeito. Mas o medo de algum dia casar e ter filhos e não ter hora pra trabalhar me fez desistir da ideia...
Meu hobby favorito que sempre foi fotografar me fez pensar em ser fotógrafa, montar meu estúdio, fazer books, fotografar modelos nas passarelas, noivas em seus casamentos, aniversariantes em suas noites dos sonhos, veteranos em suas formaturas... Mas aquele desejo escondido de seguir no ramo da medicina me fez querer ser biomédica. Decisão que fez minha mãe conseguir um estágio para mim num laboratório... Mas então uma partezinha mínima daquele lugar, uma sala pequeno e incrivelmente mal cheirosa, infestada de geladeiras e prateleiras com laminas dominadas por colônias de bactérias me fez desistir novamente...
Meu talento pelo desenho e o gosto pelas artes e arquiteturas de prédios e igrejas medievais, principalmente as europeias me fez querer ser arquiteta... Mas pensei e vi que não tinha nada a ver comigo...
Não queria ser professora, bailarina, advogada, jornalista, fotógrafa, biomédica nem arquiteta... Mas então o que eu iria ser? O que eu gostaria de fazer? o que eu ia ser quando crescer? Essas perguntas invadiram minha mente e me deixaram quase maluca...
Pensei... Pensei... E então eu percebi que sempre soube o que eu queria ser, o que queria fazer e que não adiantava mais esconder isso de mim mesma... Ajudar as pessoas, salvar vidas, ser reconhecida pelo meu trabalho, sentir que o trabalho tá cumprido depois de longas e cansativas horas de cirurgia... Hoje estou aqui, a quase um ano decidida, estudando para o vestibular de medicina. E principalmente, sendo igual a minha mãe!

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